style="width: 100%;" data-filename="retriever">Fotos: Pedro Piegas (Diário)
Localizado bem no centro do campus de Camobi da UFSM, o RU 1 é o coração da assistência estudantil da Federal. Antes da pandemia, o restaurante preparava, em média, 8500 refeições por dia. Que então eram distribuídas para o RU 2, localizado próximo ao Centro de Tecnologia, e para o RU Centro, no prédio da Antiga Reitoria. Atualmente, o RU 1 passa por reformas em toda a sua estrutura, com a entrega prevista para o dia 14 de dezembro.
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As atuais obras consistem de uma nova cozinha, área de higienização para os alimentos, vestiário para os funcionários, novos caldeirões de cozimento, fritadeiras e fornos.
Também foram recuperadas as estruturas elétricas e hidráulicas do restaurante, bem como feita a adequação ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). Para a liberação do alvará sanitário, o que permitirá o funcionamento do RU, é necessário a aprovação do PPCI pelo Corpo de Bombeiros. Por conta da burocracia, apesar da obra ter a entrega prevista para dezembro, o início do funcionamento deve acontecer apenas em janeiro.
A capacidade máxima de refeições diárias deverá subir para 12 mil. As obras também possibilitarão diversificar o cardápio oferecido.
-A gente vai ter uma variabilidade do cardápio maior, por ter uma estrutura física melhor, a gente vai conseguir variar isso, dar maior qualidade e variedade pro cardápio - afirmou a Diretora do Ru, Vanessa Medina.
Como exemplo da diversificação, ela falou sobre a oferta de saladas cozidas. No momento, o restaurante é capaz de servir apenas saladas cruas, como tomate e alfaces. Com a expansão da cozinha, incluindo novos caldeirões de cozimento, será possível servir novas opções, como legumes cozidos.
Outra vantagem notada por Vanessa é que, com o aumento da capacidade de produção, todas as refeições fornecidas para os RUs da UFSM serão produzidas pela própria Instituição. Atualmente, uma empresa terceirizada prepara parte das refeições, em especial aquelas voltadas para o RU 2.
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EXPANSÃO
O principal ponto da obra, além da revitalização do prédio, é a reforma de pontos importantes da estrutura. As calçadas externas foram restauradas, facilitando a entrada no prédio, bem como expandindo a acessibilidade para pessoas cadeirantes e com outras dificuldades de mobilidade.
O refeitório principal não teve sua estrutura expandida mas, de acordo com a Diretora, a organização foi refeita para melhorar o fluxo de pessoas. Com as mudanças, será possível colocar algumas mesas a mais no espaço, mas não será um aumento significativo. Uma demanda antiga da comunidade acadêmica é a construção de mais um restaurante. O RU 3 seria localizado próximo aos prédios do Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH), e atenderia tanto o CCSH como o Colégio Politécnico.
Entretanto, segundo o Pró-Reitor de Assuntos Estudantis, Clayton Hillig, essa obra, no momento, não é possível. Isso porque para realizar a construção de um novo prédio desse tipo seria necessário verba própria da instituição. Com os sucessivos cortes orçamentários sofridos pela UFSM nos últimos anos, essa possibilidade foi inviabilizada.
Desde 2020, todos os cursos da UFSM de Santa Maria passaram a ter as suas aulas no campus de Camobi. Antes, alguns ainda restavam no prédio da Antiga Reitoria, sendo que o curso de Direito foi o último a se mudar.
O RU ainda não foi posto a prova com essa nova carga de alunos, dado o início da pandemia no ano passado. Quando questionada sobre a possibilidade de sobrecarga do restaurante, Vanessa explicou que, a partir do próximo semestre letivo, todos os alunos da UFSM poderão fazer suas refeições tanto no RU 1 quanto no RU 2.
A ideia é que, como é necessário realizar um agendamento prévio, por meio do aplicativo da UFSM, aconteça uma melhor distribuição dos alunos entre os restaurantes. Se um deles tiver atingido a lotação máxima, então será possível agendar apenas no outro RU.
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style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Pedro Piegas (Diário)
INVESTIMENTO E SEGURANÇA
O custo de realização da obra está na casa dos R$5 milhões. Para custear a reforma, a UFSM fez uma parceria com a empresa ISM Refeições e Serviços. Em troca da utilização da estrutura dos RUs para a preparação de alimentos, a ISM entrou com o investimento de R$3,5 milhões, que devem ser abatidos durante os próximos seis anos em troca do aluguel do espaço.
-É um investimento privado que se tornou público, pois é um serviço que vai ser ofertado aos nossos e nossas estudantes - observou Hillig.
O restante da verba foi bancado pela própria UFSM. Segundo a Diretora do RU, apenas o sistema de exaustão instalado na nova cozinha custa cerca de R$1,5 milhão.
Outra mudança importante é no combustível utilizado pelo RU. Anteriormente, a cozinha era abastecida por caldeiras que faziam o uso de óleo diesel para aquecer. Com as reformas, foi instalado um sistema que usa o gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha.
Segundo Hillig, além de ter um impacto ambiental menor, o novo sistema oferece mais segurança, dado o risco oferecido pelas caldeiras em um eventual acidente, como uma explosão.